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Acusado de matar criança por espancamento será julgado em 2 de outubro

Camila Gonçalves

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Alisson Garcia Lopes, 21 anos, acusado de matar a filha da ex-companheira por espancamento, irá a júri popular no dia 2 de outubro. O julgamento será às 10h, no Salão do Júri do Fórum de Santa Maria. Serão ouvidas quatro testemunhas de defesa. O caso aconteceu no dia 11 de julho de 2017. Alisson tinha um relacionamento com Kanandra Ledi Lima da Silva, 22 anos. Ele e a mulher chegaram, nas primeiras horas do dia do crime, ao Pronto-Atendimento do Patronato com a filha dela, Alice Kauane, 3 anos, já sem os sinais vitais. O casal alegava que a menina havia sofrido uma queda. Eles foram presos preventivamente na mesma data. 

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Alisson responde por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele está preso na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm). Kanandra foi condenada a 20 anos de prisão em regime fechado em julgamento, no dia 3 de agosto, no Fórum de Santa Maria, por omissão de socorro à filha.

Alisson nega ter batido na criança. De acordo com o advogado do réu, Matheus Vicente Preto, os autos do processo não provam a participação dele na morte da menina. Preto alegou ainda que Alisson não era padrasto de Alice, pois estava apenas há cerca de três meses com Kanadra.

- As testemunhas todas, mesmo as arroladas pela acusação, são favoráveis ao Alisson no sentido de afirmar que as crianças sofriam maus tratos por parte da mãe. No depoimento de Kanadra à Justiça, ela também teria alegado que batia nos filhos para fins de educação. O próprio Conselho Tutelar havia recomendado à avó materna das crianças que pedisse a guarda do outro filho de Kanandra. Era um núcleo familiar doente - alegou o advogado do acusado.

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O promotor Joel Oliveira Dutra disse que vai buscar a condenação de Alisson usando os mesmos argumentos que utilizou no julgamento de Kanandra. De acordo com a acusação do Ministério Público, os dois foram responsáveis pela morte da criança: ele pela ação e ela pela omissão.

APELAÇÃO

Kanandra cumpre prisão na Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre até que seja esgotado o prazo de recursos. O advogado dela, Leonardo Sagrillo Santiago, recorreu da sentença pedindo nulidade do julgamento. Para ele, a acusação alegou, além do dolo direto (quando o autor busca o resultado), o dolo eventual (quando o autor assume o risco de matar), o que não estava descrito na denúncia. A defesa também sustentou que a decisão foi contrária à prova dos autos e solicitou a redução da pena.



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